Fotografia por: Rafael Bernardes

Acho que o medo era o sentimento mais constante. Pela nossa família, pelos nossos amigos e por todo mundo que estava passando pela doença e pelas consequências dela. Outro grande sentimento foi saudade, não poder estar com as pessoas que a gente ama. Não vi meus pais por quase 7 meses, nem meus amigos. Porém na nossa enfermaria o que surgiu muito foi um sentimento muito forte de companheirismo entre os residentes e os chefes que estavam com a gente, toda a equipe multidisciplinar, não só os médicos, como a enfermagem, a fisiologia, as psicologia, todos se uniram bastante pra se ajudar. Olhando agora, de fora, para aquele período, posso dizer que foi um período de grande aprendizagem, onde tivemos que nos adaptar a várias coisas.